22 de maio de 2012

Semana do Bote fé

Oi gente eu sei que estou devendo isso para vocês , pois não escrevo já faz algum tempo.
Essa semana vai chegar em Goiânia os ícones da JMJ e que iremos levar até Trindade
quando chegarmos la terá uma missa e depois um show com Davidson Silva, missionário Shalom, ministério nova aliança , Pe Robson e Pe Cleidimar.
Será tudo de bom
toda a programação esta disponível na pagina do bote fé no Facebook
bote fe goiania

De ônibus ou de van, de bicicleta ou de camelo, a pé ou de joelhos...Pro Bote Fé Eu Vou, Eu Vou, Eu Vou...
E quem é que também vai? Eu Vou, Eu Vou...

Vamos todos ajudar a multiplicar essa ideia...Compartilhe, Curta, Comente e tire a sua foto ou faça seu vídeo e Concorra uma viagem para a Jornada Mundial da Juventude...
Tá esperando o que galera? 

Pro Bote Fé... EU VOU, EU VOU!!!!


17 de maio de 2012

Nossa Senhora de Fátima

Oração de João Paulo II para consagração do mundo à Maria

Oração de João Paulo II para a consagração do mundo inteiro à Nossa Senhora, mediante a mensagem das aparições em Fátima/Portugal. "A força desta consagração permanece por todos os tempos e abrange todos os homens, os povos e as nações; e supera todo o mal, que o espírito das trevas é capaz de despertar no coração do homem e na sua história e que, de facto, despertou nos nossos tempos."
O Segredo de Fátima Manifestação da solicitude materna de Maria Santíssima
Rezemos: « Ó Mãe dos homens e dos povos, Vós que conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Vós que sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que abalam o mundo contemporâneo, acolhei o nosso clamor que, movidos pelo Espírito Santo, elevamos directamente ao vosso Coração: Abraçai, com amor de Mãe e de Serva do Senhor, este nosso mundo humano, que Vos confiamos e consagramos, cheios de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos. De modo especial Vos entregamos e consagramos aqueles homens e aquelas nações que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade. "À vossa protecção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus!" Não desprezeis as súplicas que se elevam de nós que estamos na provação! ». (Depois o Papa continua com maior veemência e concretização de referências, quase comentando a Mensagem de Fátima nas suas predições infelizmente cumpridas) « Encontrando-nos hoje diante Vós, Mãe de Cristo, diante do vosso Imaculado Coração, desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos à consagração que, por nosso amor, o vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai: “Eu consagro-Me por eles — foram as suas palavras — para eles serem também consagrados na verdade” (Jo 17, 19). Queremos unir-nos ao nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e pelos homens, a qual, no seu Coração divino, tem o poder de alcançar o perdão e de conseguir a reparação. Neste Ano Santo, bendita sejais acima de todas as criaturas Vós, Serva do Senhor, que obedecestes da maneira mais plena ao chamamento Divino! Louvada sejais Vós, que estais inteiramente unida à consagração redentora do vosso Filho! Mãe da Igreja! Iluminai o Povo de Deus nos caminhos da fé, da esperança e da caridade! Iluminai de modo especial os povos dos quais Vós esperais a nossa consagração e a nossa entrega. Ajudai-nos a viver na verdade da consagração de Cristo por toda a família humana do mundo contemporâneo. Confiando-Vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, nós Vos confiamos também a própria consagração do mundo, depositando-a no vosso Coração materno. Oh Imaculado Coração! Ajudai-nos a vencer a ameaça do mal, que se enraíza tão facilmente nos corações dos homens de hoje e que, nos seus efeitos incomensuráveis, pesa já sobre a vida presente e parece fechar os caminhos do futuro! Da fome e da guerra, livrai-nos! Da guerra nuclear, de uma autodestruição incalculável, e de toda a espécie de guerra, livrai-nos! Dos pecados contra a vida do homem desde os seus primeiros instantes, livrai-nos! Do ódio e do aviltamento da dignidade dos filhos de Deus, livrai-nos! De todo o género de injustiça na vida social, nacional e internacional, livrai-nos! Da facilidade em calcar aos pés os mandamentos de Deus, livrai-nos! Da tentativa de ofuscar nos corações humanos a própria verdade de Deus, livrai-nos! Da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos! Dos pecados contra o Espírito Santo, livrai-nos, livrai-nos! Acolhei, ó Mãe de Cristo, este clamor carregado do sofrimento de todos os homens! Carregado do sofrimento de sociedades inteiras! Ajudai-nos com a força do Espírito Santo a vencer todo o pecado: o pecado do homem e o “pecado do mundo”, enfim o pecado em todas as suas manifestações. Que se revele uma vez mais, na história do mundo, a força salvífica infinita da Redenção: a força do Amor misericordioso! Que ele detenha o mal! Que ele transforme as consciências! Que se manifeste para todos, no vosso Imaculado Coração, a luz da Esperança! ».(4) A Irmã Lúcia confirmou pessoalmente que este acto, solene e universal, de consagração correspondia àquilo que Nossa Senhora queria: « Sim, está feita tal como Nossa Senhora a pediu, desde o dia 25 de Março de 1984 » (carta de 8 de Novembro de 1989). Por isso, qualquer discussão e ulterior petição não tem fundamento. 

12/05/2006 - 21h40 - Fonte: Vaticano

16 de maio de 2012

Nossa senhora aparecida

Uma rosa de ouro para a Virgem

Em 1967, ano da comemoração do jubileu dos 250 anos do aparecimento da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, o Papa Paulo VI ofertou ao Santuário Nacional da Padroeira do Brasil uma Rosa de Ouro. A entrega desta importante honraria aconteceu na manhã do dia 15 de agosto daquele mesmo ano, com a presença de diversas autoridades civis e religiosas, entre elas o presidente Artur da Costa e Silva. 

Atualmente, a Rosa de Ouro encontra-se exposta na Exposição Rainha do Céu, Mãe dos Homens: Aparecida do Brasil no Museu Nossa Senhora Aparecida, no 1º andar da Torre Brasília.

O que é uma Rosa de Ouro?

Os sumos pontífices costumavam oferecer como presente uma Rosa de Ouro, em sinal de particular estima e para distinguir eminentes personalidades que prestavam relevantes serviços à Igreja, ou para honrar cidades, ou ainda para realçar Santuários insignes, como centro de grande devoção. Essa Rosa era artisticamente elaborada segundo o estilo da época.

Descrição histórica da Imagem de Nossa Senhora Aparecida

A Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, foi encontrada no rio Paraíba na segunda quinzena de outubro de 1717, é de terracota, isto é, argila que, depois de modelada, é cozida em forno apropriado, medindo 40 centímetros de altura. 

Hipoteticamente, ela teria, originalmente, uma policromia, como era costume na época, mas não há documentos que comprovem. Quando foi pescada, o corpo estava separado da cabeça e, muito provavelmente, sem a policromia original, devido aos anos em que esteve mergulhada nas águas e no lodo do rio.

A cor acanelada com que, hoje, é conhecida ,deve-se ao fato de ter sido exposta, durante anos, ao picumã das chamas das velas e dos candeeiros. Seu estilo é seiscentista, como atestam alguns especialistas que a estudaram.

Entre os que confirmam ser a Imagem do Século XVII estão o Dr. Pedro de Oliveira Ribeiro Neto, os monges beneditinos do mosteiro de São Salvador, na Bahia, Dom Clemente da Silva Nigra e Dom Paulo Lachenmayer.

Finalmente, em 1978, após o atentado que a reduzira em quase duzentos fragmentos, foi encaminhada ao Prof. Pietro Maria Bardi – na época diretor do Museu de Arte de São Paulo – que a examinou, juntamente com o Dr. João Marinho, colecionador de imagens brasileiras.


Foi totalmente reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Ainda conforme estudos dos peritos mencionados, a Imagem foi moldada com argila paulista, da região de Santana do Parnaíba, situada na Grande São Paulo. 

O mais difícil foi determinar o autor da pequena imagem, pois não está assinada ou datada. Assim, após um estudo comparativo, os peritos chegaram à conclusão de que se tratava de um escultor, discípulo do monge beneditino Frei Agostinho da Piedade, e também seu colega de Ordem, Frei Agostinho de Jesus.

Caracterizam seu estilo: forma sorridente dos lábios, queixo encastoado, tendo, no centro, uma covinha; penteado, flores em relevo, nos cabelos, broche de três pérolas na testa e porte empinado para trás.

Todos estes detalhes se encontram na Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, e, por isso, concluíram os peritos, Dom Clemenente da Silva Nigra e Dom Paulo Lachenmayer, que a Imagem foi esculpida pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus.

Coroa e Manto

A partir de 8 de setembro de 1904, quando foi coroada, a imagem passou a usar, oficialmente, a coroa ofertada pela Princesa Isabel, em 1884, bem como o manto azul-marinho.

Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida
A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D.Pedro de Almeida e Portugal , Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto - MG.

Convocado pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram a procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu.

João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançou novamente a rede e apanhou a cabeça da mesma imagem. Daí em diante os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores.

Durante 15 anos seguidos, a imagem ficou com a família de Felipe Pedroso, que a levou para casa, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para rezar. A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante a imagem.

A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. A família construiu um oratório, que logo tornou-se pequeno. Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava, e, em 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha).

No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.

A 8 de setembro de 1904, a Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi coroada, solenemente, por D. José Camargo Barros. No dia 29 de Abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor.

Vinte anos depois, a 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município. E, em 1929, nossa Senhora foi proclamada RAINHA DO BRASIL E SUA PADROEIRA OFICIAL, por determinação do Papa Pio XI.

Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena.

Era necessário a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início em 11 de Novembro de 1955 a construção de uma outra igreja, atual Basílica Nova.

Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida:Santuário Nacional; "maior Santuário Mariano do mundo".

O Padre Francisco da Silveira, que escreveu a crônica de uma Missão realizada em Aparecida em 1748, qualificou a imagem da Virgem Aparecida como “famosa pelos muitos milagres realizados”. E acrescentava que numerosos eram os peregrinos que vinham de longas distâncias para agradecer os favores recebidos. Mencionamos aqui três grandes prodígios ocorridos por intercessão de Nossa Senhora Aparecida. 

O primeiro prodígio, sem dúvida alguma, foi a pesca abundante que se seguiu ao encontro da imagem. Não há outras referências sobre o fato a não ser aquela da narrativa do achado da imagem: “E, continuando a pescaria, não tendo até então pego peixe algum, dali por diante foi tão abundante a pesca, que receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, os pescadores se retiraram as suas casas, admirados com o que ocorrera.” 

Entretanto, o mais simbólico e rico de significativo, sem dúvida, foi o milagre das velas pela sua íntima relação com a fé. Aconteceu no primitivo oratório do Itaguaçu, quando o povo se encontrava em oração diante da imagem. 

Numa noite, durante a reza do terço, as velas apagaram-se repentinamente e sem motivo, pois não ventava na ocasião. Houve espanto entre os devotos e, quando Silvana da Rocha procurou acendê-las novamente, elas se acenderam por si, prodigiosamente. 

Significativo também é o prodígio das correntes que se soltaram das mãos de um escravo, quando este implorava a proteção da Senhora Aparecida. Existem muitas versões orais sobre o fato. Algumas são ricas em pormenores. O primeiro a mencioná-lo por escrito foi o Padre Claro Francisco de Vasconcelos, em 1828.

A pesca milagrosa

A Câmara Administrativa de Guaratinguetá decidiu e pronto. A época não era favorável à pescaria mas os pescadores que se virassem. O Conde tinha que provar do peixe do rio Paraíba.

E a convocação foi lida em toda a redondeza. João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso, moradores de Itaguaçu, pegaram seus barcos, suas redes e se lançaram na difícil tarefa. Remaram a noite toda sem nada pescar.

No Porto de Itaguaçu, lançaram mais uma vez as redes. João Alves sentiu que a sua rede pesava. Serão peixes? Puxou-a. Não. Não eram peixes. Era o corpo de uma imagem. Mas ... e a cabeça, onde estava? Guardou o achado no fundo do barco. Continuaram tentando achar peixes.

De repente, na rede do mesmo pescador, uma cabeça enegrecida de imagem. João Alves pegou o corpo do fundo do barco e aproximou-o da cabeça. Justinhos. Aquilo só podia ser milagre. Benzeram-se e enrolaram os pedaços num pano. Continuaram a pescaria. Agora os peixes sabiam direitinho o endereço de suas redes. E foram tantos que temeram pela fragilidade dos barcos...

O milagre das velas

Depois que chegaram da pescaria onde encontraram a Senhora, Felipe Pedroso levou a imagem para sua casa conservando-a durante 5 anos.

Quando de sua mudança para o bairro da Ponte Alta deu a imagem a seu filho Athanásio Pedroso que morava no Porto de Itaguaçu bem perto de onde seu pai Felipe Pedroso, João Alves e Domingos Garcia haviam encontrado a imagem.

Athanásio fez um altar de madeira e colocou a Imagem Milagrosa da Senhora Aparecida. Aos sábados seus vizinhos se reuniam para rezar um terço em sua devoção. Em certa ocasião, ao rezar o terço, 2 velas se apagaram no altar de Nossa Senhora, o que era muito estranho, pois aquela noite estava muito calma e não havia motivo para o acontecimento.

Silvana da Rocha, que no dia acompanhava o terço, quiz acender as velas, porém, as mesmas se acenderam sem que ninguém as tocasse, como um perfeito milagre. Desta data em diante a Imagem Milagrosa de Nossa Senhora Aparecida deixou de pertencer à família de Felipe Pedroso para ficar pertencendo a todos nós, devotos da Santa Milagrosa.

Romeiros de Nossa Senhora Aparecida

Dos milhões de romeiros que visitam o Santuário Nacional de Aparecida, muitos são portadores de angústia, outros tantos, da esperança. Esperança de cura, de emprego, de melhores dias, de paz. 

Eles chegam de ônibus, de carro, de trem (em tempo passado), de moto, de bicicleta, a cavalo e a pé. São pobres e ricos; são cultos e ignorantes; são homens públicos e cidadãos comuns. Aqui estiveram o Papa, príncipes, princesas, presidentes, poetas, padres, bispos, prioras, patrões e empregados. Vieram os pescadores.

Muitos cumprem um ritual que começou com seus avós e persiste até hoje. Outros vêm pela primeira vez. Ficam perplexos diante do tamanho do Santuário e de sua beleza. A Imagem os extasia. 

A fé traz o romeiro a Aparecida leva-o a comportamentos de pincéis famosos, câmaras e versos imortais. Olhos que buscam, vasculham ou se fecham para ler as mensagens secretas que trazem na alma. Lábios que balbuciam ave-marias, atropeladas pela pressa das muitas intenções.

Mãos que seguram as contas do rosário, a vela, o retrato, as flores, o chapéu. Joelho que se dobram e se arrastam, em atitude de total despojamento. Pés cansados pela procura de suas certezas. Coração nas mãos em forma de oferenda. Na alma, profundo senso do sagrado.

O chão que pisam, a porta que transpõem, as pessoas que aqui residem, tudo tem para eles significado transcendente. Este é o romeiro de Nossa Senhora Aparecida. Alma pura, simples, do devoto que acredita, que se entrega à proteção dos céus, sem dúvidas ou restrições.

Consagração 50 Anos

Ela teve início dia 31 de maio de 1955, uma terça-feira.

Começou assim:
O Padre Laurindo Häuber, redentorista que trabalhava na Rádio Aparecida, teve uma idéia: Comprou um livro, que chamou de Livro de Ouro, e disse na Rádio que quem quisesse consagrar-se a Nossa Senhora Aparecida, era só escrever para a Rádio que ele anunciava o nome, às 15 horas, e lia a oração da Consagração. Ele ia fazer isso na 3ª, na 5ª e no sábado.

E Padre Laurindo começou então esse programa. Como que ele fazia:
Lia os nomes, dava uma pequena mensagem, lia a oração da Consagração que estava no Manual do Devoto, um livrinho de orações editado pela Editora Santuário em 1904, e em seguida dava a bênção.

Meses depois, o número de nomes enviados aumentou tanto que ele parou de lê-los, deixando de lado o Livro de Ouro. Dali para frente, todos os ouvintes da Consagração passaram a ser consagrados a Nossa Senhora. E assim a Consagração a Nossa Senhora Aparecida adquiriu a mesma forma de celebração e o mesmo feitio que tem hoje.

Inclusive a música de abertura, Roga por nós ó Mãe tão Pia, foi escolhida pelo Padre Laurindo. Um ano depois, em 1956, o Padre Laurindo foi transferido para São Paulo, a fim de trabalhar na Rádio Nove de Julho. Os padres Vítor Coelho de Almeida e Rubem Leme Galvão continuaram fazendo a Consagração. Agora, a semana toda: O Padre Vítor Coelho fazia na 3ª, na 5ª e no sábado, e o Padre Galvão fazia na 2ª, na 4ª e na 6ª feira.

No ano seguinte, o Padre Vítor Coelho assumiu sozinho a Consagração e passou a fazê-la não mais no estúdio da Rádio, mas no Altar Mor da Basílica. Ela deixou então de ser um simples programa de rádio e se tornou uma celebração paralitúrgica no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, como a Hora Mariana, a Novena Perpétua etc.

Padre Vítor a fez durante 31 anos, até a véspera de sua morte, que aconteceu dia 21 de julho de 1987. Em 1988, o Padre César Moreira, então Diretor da Rádio Aparecida, determinou que a Consagração fosse feita também aos Domingos. Após o falecimento do Padre Vítor Coelho, o Padre Alberto Pasquoto assumiu a Consagração, e a fez até o início de 1989.

Em 1989, o Padre Agostinho Frasson a assumiu e fez até 1991. Nos anos 1992 e 1993, quem dirigiu a Consagração foi o Padre Afonso Paschote. Em 1994, o Padre Frasson a assumiu novamente e a fez até 1996. O Padre Antônio Queiroz a assumiu dia 11/01/97, um sábado, sendo que nos seus dias de folga quem fazia era o Padre Silvério Negri. Após o falecimento do Padre Negri, ocorrido dia 28/08/03, nos dias de folga do Padre Queiroz a Consagração entra na escala normal dos trabalhos pastorais da Basílica.

Esta é, resumidamente, a história da Consagração, que dia 31 deste mês completará 50 anos de existência. Em todos esses anos, repito, o modo de fazer a Consagração não mudou, continuando aquele iniciado pelo Padre Laurindo. Desde o início, várias emissoras de rádio começaram a entrar em cadeia com a Rádio Aparecida, às 15 horas, para transmitir a Consagração.

Assim, a Consagração a Nossa Senhora Aparecida abriu caminho para que se formassem redes de Rádio para transmissão de programas religiosos. A UNDA BRASIL (Unda é uma palavra latina que significa onda. É um organismo internacional da Igreja, ligado à comunicação pelo Rádio) promoveu a união dessas redes e criou a Rede Católica de Rádio, que hoje é como uma grande constelação, iluminando todo o céu do Brasil.

Agora, celebrando o cinqüentenário da Consagração, nós queremos agradecer a Deus. Não queremos ser como aqueles nove leprosos curados, que não agradeceram a Deus a sua cura. É interessante que Jesus disse para aquele que voltou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te e vai! Tua fé te salvou” (Lc 17,17-19).

Jesus fala de dar glória a Deus Pai. De fato, Deus Pai é a origem de tudo. Tudo nos vem dele, pelo Filho, no Espírito Santo. Na Consagração a Maria, ela é a intercessora. Por isso agradecemos a ela também. Então, neste Jubileu nós agradecemos a Deus todas as graças que ele concedeu ao povo brasileiro, e a nós, nesses 50 anos.

Concedeu e esperamos que continue concedendo, porque, como diz aquela oração que vem da Igreja Primitiva, jamais se ouviu dizer que algum daqueles que tem recorrido à proteção de Maria e implorado o seu auxílio, fosse por ela desamparado. Nós cristãos fomos consagrados definitivamente a Deus no dia do nosso batismo.

A Consagração a Nossa Senhora, que fazemos todos os dias, é uma entrega de nós mesmos a ela, como um filho ou filha que se joga nos braços da Mãe, para que ela cuide de nós, fazendo-nos felizes e bons discípulos de Jesus.

Pe. Antonio Queiroz dos Santos, C.Ss.R.
Fonte: http://www.santuarionacional.com

14 de maio de 2012

Mãe...

Essa semana eu estarei falando sobre algumas mães
 a Primeira é Maria mãe de Deus


A Igreja Católica Apostólica romana tributa à Maria , mãe de Jesus , vários títulos e honrarias que pertencem exclusivamente a Jesus Cristo . Com isso não concordam os evangélicos e isto tem gerado uma animosidade entre católicos e evangélicos, julgando os católicos que os evangélicos desrespeitam Maria, mãe de Jesus. É uma situação que logo vem à baila quando falamos com os católicos sobre Maria. Os evangélicos se esforçam para respeitar Maria dentro do que diz a Bíblia sobre ela, enquanto o ensino católico no Brasil sobre Maria é tão fora da Bíblia que o culto que se presta a Maria pode ser encarado como simplesmente Mariolatria . Essa nossa colocação é encarada como imprópria pelos católicos.

Dentro desse clima bem conhecido do povo em geral , agora , porém , vem a público o padre católico André Carbonera em artigo PASCOLADAS e declara algo que vai mais além do que uma crítica aos evangélicos em decorrência da nossa posição bíblica com relação aos títulos e honrarias que os católicos tributam a Maria .

Diz o padre Carbonera : “Muitos afirmam crer em Jesus , mas , têm ódio da Mãe do mesmo Jesus .

Ah , eu adoro Jesus ! Tenho Jesus no meu coração. Jesus é meu tudo. Entretanto, desconhecem, negam , rejeitam e insultam a Mãe de Jesus .”

É isso verdade que temos ódio, negamos , rejeitamos e insultamos Maria ? Que eu saiba, não! Prossegue o padre André Carbonera , “em nosso peregrinar terráqueo , quanto mais pistolões houver , melhor ! Por que jogar fora , então , aqueles que pedem e rezam por nós , bem pertinho de Deus e de Jesus , como Maria e os Santos ? Seria uma inútil auto-suficiência e uma enorme burrice ! ...”

Repetimos : Não odiamos Maria , mãe de Jesus . Só queremos vê-la no seu próprio lugar indicado na Bíblia . como poderíamos odiar Maria ? É uma acusação ,sem fundamento . Em toda a literatura evangélica sobre a identidade de Maria não pode ser encontrado algo que possa justificar essa acusação tão absurda . Amamos Maria como a mãe de Jesus como apresenta a Bíblia .

Para desfazer esse equívoco , nada melhor do que apresentar o que a Bíblia realmente fala de Maria e depois confrontar com a posição católica sobre Maria .

Para esse confronto vamos examinar o livro “Glórias de Maria” de S. Afonso de Ligório , doutor da Igreja e Fundador da congregação do Santíssimo Redentor . O nome da editora é Editora Santuário , de Aparecida , onde se situa o Santuário de Maria Aparecida . Os editores informam que o livro é “uma das obras mais conhecidas do santo doutor . Um livro que , em 237 anos , teve 800 edições , ainda que marcado pelo tempo , não precisa de justificativas para ser reeditado .” Abordando o valor do livro o tradutor assim se pronuncia: “Com as ‘Glórias de Maria’ ergueu Afonso um perene monumento de seu terno e vivíssimo amor a Mãe de Deus .” (pagina 13)

Diz ainda o tradutor : “São freqüentes no presente livro as referências a Revelações . Que pensar sobre tais Revelações ? Tais Revelações feitas por Deus mesmo , ou por meio de anjos e santos , são possíveis , são reais , e sempre existiram na Igreja . Pertencem à categoria das graças extraordinárias de Deus .” (pagina 15)

Não pode ser alegado , pois , que se trata de obra não reconhecida pela Igreja Católica Romana . 

Nesse confronto verificamos que os títulos e honrarias prestados a Jesus na Bíblia são transferidos a Maria , colocando-a , em diversas oportunidades , como alguém que se deve recorrer , de preferência , á pessoa augusta e soberana de nosso Senhor Jesus Cristo . Pedro recomenda , “Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador , Jesus Cristo . A ele seja dada glória , assim agoira , como no dia da eternidade.” Quando conhecemos melhor o Jesus da Bíblia não podemos concordar com os títulos e honrarias que se prestam a Maria , pois acreditamos que nem mesmo Maria aceitaria a transferência para ela das honras que são exclusivas ao seu Filho - nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo .POSIÇÃO DE MARIA NA BÍBLIA


Maria procurou interferir na obra salvítica de Jesus por três vezes durante o seu ministério . A primeira vez que Maria assim o fez foi quando Jesus visitou o templo , na idade de doze anos . “E quando o viram , maravilharam-se , e disse-lhe sua mãe : Filho , por que fizeste assim para conosco ? Eis que teu pai e eu , ansiosos , te procurávamos . E ele lhes disse : Por que é que me procuráveis ? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lucas 2.48,49)

Na segunda vez foi na festa de casamento , em Caná da Galiléia . “E , faltando o vinho , a mãe de Jesus lhe disse : Não têm vinho . Disse-lhe Jesus : Mulher , que tenho contigo ? Ainda não é chegada a minha hora .” (João 2.3,4)

E a terceira vez foi em Cafarnaum , quando Jesus estava pregando . “Chegaram , então , seus irmãos e sua mãe ; e , estando de fora , mandaram-no chamar . E a multidão assentada ao redor dele , e disseram-lhe : Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram e estão lá fora . E ale lhes respondeu , dizendo : Quem é minha mãe e meus irmãos ? E , olhando em redor para os que estavam assentados junto dele disse : Eis aqui minha mãe e meus irmãos . Portanto qualquer que fizer a vontade de Deus , esse é meu irmão , e minha mãe.” (Marcos 3.31-33) 

Mesmo quando Jesus foi interrompido no seu discurso por uma mulher que elogiava Maria por lhe ter amamentado e lhe dado à luz , Jesus não elogiou a mulher que assim dissera . Disse a mulher : “Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste ! Mas ele disse : “Antes , bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam .” (Lucas 11.27,28) Jesus assim falando , afirmou que existe mais bem-aventurança em ouvir a palavra de Deus e guardá-la do que ter sido filho de Maria . 

Em outras ocasiões mencionadas na Bíblia onde Maria aparece , notamos o seguinte :

1. 1. 1. Maria , ao receber a notícia que seria mãe do Salvador , se pronunciou como necessitada de um Salvador . “Disse , então , Maria : A minha alma engrandece ao Senhor , e o meu espírito se alegra em Deus , meu Salvador .” (Lucas 1.46,47)

2. 2. 2. Quando os magos visitaram Jesus , na sua infância , dirigiram-se a Jesus e não à Maria . É o que lemos de Mateus 2.11 : “E , entrando na casa , acharam o menino com Maria , sua mãe , e , prostrando-se , o adoraram .” Como se vê , os magos não adoraram Maria , mas adoraram Jesus .

3. 3. 3. A última referência bíblica de Maria que se vê em Atos 1.14 quando ela se encontrava em oração com os demais seguidores de Jesus , “Todos estes perseveravam unanimentemente em oração e súplicas , com as mulheres , e Maria , mãe de Jesus , e com seus irmãos .” Fora isso , nada mais se lê no livro de Atos sobre Maria , assim como em todo o restante do Novo Testamento . 

11 de maio de 2012

O pecado contra o Espírito Santo


Alguém poderá duvidar da misericórdia de Deus? Claro que não.
 Numa demonstração inefável de amor aos homens, Deus enviou seu Filho único para que, através d’Ele, o perdão ficasse disponível a todos. A salvação de Jesus Cristo é a maior prova, a mais cabal evidência de que “Deus é Amor”(1) e que jamais despreza o que criou, pois se odiasse alguma coisa, não a teria criado(2).
 E nós, que fomos criados à “imagem e semelhança”(3) do Deus que é Amor, somos convidados também a amar, de forma incondicional, e se assim não fazemos, nos frustramos, pois não exercemos o motivo de nossa existência.
 “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo, e odeie o seu inimigo!’ Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos, e rezem por aqueles que perseguem vocês! Assim vocês se tornarão filhos do Pai que está no céu, porque Ele faz o sol nascer sobre maus e bons, e a chuva cair sobre justos e injustos. Pois, se vocês amam somente aqueles que os amam, que recompensa terão? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? E se vocês cumprimentam somente seus irmãos, o que é que vocês fazem de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está no céu”(4). São palavras como estas que fez de Jesus a maior personalidade de todos os tempos: mostrou aos homens que Deus ama a todos independentemente de qualquer coisa; e nós, espelho desse Amor, devemos procurar refleti-lo nitidamente, pois para isso fomos feitos.
 Contudo, uma curiosa passagem do Evangelho chama a atenção de quem conhece o Deus que é Amor Incondicional. Trata-se da fortíssima palavra de Jesus que é documentada por Mateus(5), Marcos(6) e Lucas(7): “Aos filhos dos homens serão perdoados todos os pecados e todas as blasfêmias que proferirem; todavia, quem blasfemar contra o Espírito Santo, jamais terá perdão, mas será réu de pecado eterno”.
 Duas perguntas nos surgem imediatamente: “Que pecado tão grave é este que não merece o perdão de Deus?” e “Deus, que é Amor, por causa deste pecado, esqueceria desse Amor para condenar eternamente o blasfemador do Espírito Santo?” Analisemos as questões.

a) que pecado é esse?

            Antes de sua volta para o Pai, Jesus prometeu um novo Consolador, um Advogado. Trata-se do Espírito Santo que viria para apanhar aquilo que é de Jesus e interpretar para os seus discípulos(8), para assim convencer o mundo “quanto ao pecado, quanto à justiça e quanto ao juízo”(9).

            Diante disso, nos ensina o Santo Padre João Paulo II que “a blasfêmia (contra o Espírito Santo) não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste, antes, na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo agindo em virtude do sacrifício da cruz. Se o homem rejeita o deixar-se ‘convencer quanto ao pecado’, que provém do Espírito Santo e tem caráter salvífico, ele rejeita ao mesmo tempo a ‘vinda’ do Consolador: aquela ‘vinda’ que se efetuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor do sangue de Cristo que ‘purifica a consciência das obras mortas’. Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados. Por conseguinte, quem rejeita o Espírito Santo e o sangue, permanece nas ‘obras mortas’, no pecado. E a ‘blasfêmia contra o Espírito Santo’ consiste exatamente na recusa radical de aceitar esta remissão, de que ele é dispensador íntimo e que pressupõe a conversão verdadeira, por ele operada na consciência (...) Ora, a blasfêmia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que reivindica seu pretenso ‘direito’ de perseverar no mal – em qualquer pecado – e recusa por isso mesmo a Redenção. O homem fica fechado no seu pecado, tornando impossível da sua parte a própria conversão e também, conseqüentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou não importante para a sua vida”(10). Como Deus poderá perdoar alguém que não quer ser perdoado?

Para que o nosso entendimento ficasse mais claro acerca deste terrível pecado, o Papa São Pio X, que governou a Igreja de 1903 a 1914, no seu Catechismo Maggiore, ensinou que seis são os pecados contra o Espírito Santo:

            1º - Desesperação da salvação, ou seja, quando a pessoa perde as esperanças na salvação de Deus, achando que sua vida já está perdida. Julga, assim, que a misericórdia de Deus é mesquinha e por isso não se preocupa em orientar sua vida para o bem. Perdeu as esperanças em Deus.

            2º - Presunção de salvação sem merecimento, ou seja, a pessoa cultiva em sua alma uma vaidade egoísta, achando-se já salva, quando na verdade nada fez para que merecesse a salvação. Isso cria uma fácil acomodação a ponto da pessoa não se mover em nenhum aspecto para que melhore. Se já está salva para que melhorar? – pode perguntar-se. Assim, a pessoa torna-se seu próprio juiz, abandonando o Juízo Absoluto que pertence somente a Deus.

            3º - Negar a verdade conhecida como tal, ou seja, quando a pessoa percebe que está errada, mas por uma questão meramente orgulhosa, não aceita: prefere persistir no erro do que reconhecer-se errada. Nega-se assim a Verdade que é o próprio Deus.

            4º - Inveja da graça que Deus dá a outrem, ou seja, a inveja é um sentimento que consiste primeiramente em entristecer-se porque o outro conseguiu algo de bom, independentemente se eu já possua aquilo ou não. É o não querer que a pessoa fique bem. Ora, se eu me invejo da graça que Deus dá alguém, estou dizendo que aquela pessoa não merece tal graça, me tornando assim o regulador do mundo, inclusive de Deus, determinando a quem deve ser dada tal ou tal coisa.

            5º - Obstinação no pecado, ou seja, é a teimosia, a firmeza, a relutância de permanecer no erro por qualquer motivo. Como o Papa João Paulo II disse, é quando o homem “reivindica seu pretenso ‘direito’ de perseverar no mal – em qualquer pecado – e recusa por isso mesmo a Redenção”.

            6º - Impenitência final, ou seja, é o resultado de toda uma vida que rejeita a ação de Deus: persiste no erro até o final e recusa arrepender-se e penitenciar-se.


b) por causa disso Deus abandona seu amor para condenar a criatura?

Deus não condena ninguém. Ao contrário, “Deus não quer que ninguém se perca, mas que todos cheguem a se converter”(11).

No entanto, Deus não criou os seres humanos como irracionais, mas os criou à sua ‘imagem e semelhança”, que quer dizer: nos deu inteligência, para separar o bem do mal; liberdade, para escolher o bem ou o mal; evontade, para vivenciar o bem ou o mal. A escolha é nossa, é de cada um.

Assim, vivemos a nossa vida direcionados pelos três pilares da imagem e semelhança de Deus: inteligência, liberdade e vontade, para que assim decidamos o que queremos trilhar. No fim da vida terrena, a morte confirmará a nossa decisão, dando-nos aquilo que escolhemos. Por isso, a conclusão torna-se óbvia: só está no inferno aqueles que realmente querem estar lá, aqueles que não querem a presença de Deus que ilumina suas imundícies.

Por outro lado, Deus, que “não quer que ninguém se perca”, continua a amar sua criatura, mesmo esta preferindo estar longe. Como já disse, o amor de Deus não impõe condições, assim, onde quer que a criatura esteja, Deus a amará sempre, embora respeitando aquilo que a faz ser uma pessoa: sua inteligência, sua liberdade e sua vontade.


Em suma: o pecado contra o Espírito Santo consiste na rejeição consciente da graça de Deus; é a recusa da salvação que, conseqüentemente, impede Deus de agir, pois Ele está à porta e bate(12), e a abre quem quiser. A persistência neste pecado, que é contra o Espírito Santo, pois este tem a missão de mostrar a Verdade, levará o pecador para longe de Deus, para onde ele escolheu estar. Apesar disso, o Senhor continuará a amá-lo com o mesmo amor de Pai que tem para com todos, porém respeitando a decisão de seu filho que é inteligente e livre.
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(1) cf. 1Jo 4,8.
(2) cf. Sb11,24.
(3) cf. Gn 1,26.
(4) Mt 5,43-48.
(5) cf. Mt Mt 12,31s.
(6) cf. Mc 3,28-s.
(7) cf. Lc 12,10.
(8) cf. Jo 16,14.
(9) Jo 16,8.
(10) Carta Encíclica Dominum Vivificantem, 46.
(11) 2Pe 3,9.
(12) cf. Ap 3,20.