13 de outubro de 2011

Já sei namorar?!...



- E aí galera, vocês também entraram nessa de andar cantarolando: “Já sei namorar”? De uma forma ou de outra, estamos metidos “na onda”, ainda que sem perceber. E sabem como? Primeiro, vem aquela fase do “tenho que aprender a beijar”, ou seja, “beijar muitoooooo”, e assim vamos seguindo os instintos, sem fazer uma leitura um pouquinho mais apurada de nós mesmos. Contando, é claro, com o incentivo da onda do momento.

Desta forma, nossos relacionamentos vão se tornando um verdadeiro copinho descartável – só serve uns minutos, naquela noite, depois... LIXO!!! Então, vamos tornando nossa afetividade uma lixeira sem perceber. E ninguém pára, vai apenas acumulado “restos estragados” que não servem nem para olhar quanto mais para tirar boas coisas, aprendizado, amadurecimento.

Na verdade, sorrateiramente, buscamos no namoro apenas o prazer, privando-nos assim da beleza de uma experiência do autêntico amor humano, dom de Deus para as nossas vidas. Daí surgem as competições entre homens e mulheres, a mentalidade de que temos que tirar proveito do outro. Um ALERTA, infelizmente esse tipo de relacionamento não faz ninguém feliz, por isso não é o que Deus quer para nós. Se liga, meu! (como dizem os paulistas).

No fundo, todos querem um namoro legal – com uma pessoa “gente boa” – através do qual, juntos, se possa crescer e ser feliz. Para isso, um bom início é pedir o auxílio do Espírito Santo, que nos liberte de toda mentalidade distorcida, dos apegos a coisas tão pequenas como aparência ou dinheiro, carro, etc. Dentro de todo mundo rola esse negócio de medo, mil pensamentos, reservas, “será que vou me ferir de novo?”, “meu negócio é ser de todo mundo e todo mundo é de ninguém” (?). Seja amigo de Deus, como São José foi, e olha só com quem ele se casou: a mulher mais perfeita que o mundo já conheceu. Que o amava, mesmo sabendo que ele era pecador.

Não se pode esquecer que é preciso cultivar a amizade, até os estudiosos dizem isso. É através da amizade que vamos nos conhecendo reciprocamente, não se ama o que não se conhece. Vamos descobrindo a riqueza que é o outro e revelando a nossa. Então, o sentimento começa a tomar forma; e a nossa razão, livre dos enganos das paixões, vai nos fazendo discernir o que realmente sentimos um pelo outro. Isso, unido à oração – para colhermos o tempo de Deus juntos – é show de bola.

Deus é amor, portanto, para amar é preciso ficar grudado em Deus, que transforma o egoísmo em altruísmo. Para que a gratuidade das delicadezas e a feliz renúncia encontre um lugar em nossas vidas. Nossa Senhora, para todo namoro autenticamente cristão, será uma força, na castidade e nos desafios do dia-a-dia. Não é fácil, mas com os dons que Deus nos dá, poderemos ser essa luz que brilha no mundo e “nadar contra a correnteza”, fazendo as coisas de modo diferente da maioria das pessoas. Amor também é criatividade, espontaneidade, é disso que surgem as pequenas alegrias, que vão embelezando e dando prazer à vida.

Precisamos de santos

“Precisamos de santos que estejam no mundo e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos.” (Papa João Paulo II).

Precisamos de santos sem véu ou batina.
Precisamos de santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com amigos.
Precisamos de santos que coloquem Deus em primeiro lugar e que se “lascam” na faculdade.
Precisamos de santos que tenham tempo diário para a oração e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de santos comprometidos com os pobres e com as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de santos que vivam no mundo, que se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas.
Precisamos de santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar uma cervejinha ou comer uma pizza nos fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança.
Precisamos de santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.

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