13 de abril de 2012

SANTA GIANNA BERETTA MOLLA



(um modelo de doação da própria vida)
Gianna era ardorosa defensora da vida, sobretudo das crianças, nascituras ou já nascidas. Defendia corajosamente o direito de a criança nascer. Dizia: "O médico não se deve intrometer... O direito à vida da criança é igual ao direito à vida da mãe. O médico não pode decidir. É pecado matar no seio materno!.."
A quarta e a quinta gravidez de Gianna terminaram em aborto espontâneo no segundo mês, sem explicação aparente.
Em 1961 Gianna se vê grávida pela sexta vez. Como médica, sabia muito bem as complicações e os riscos da nova gravidez. Mas isto de modo algum diminuiu o amor por este filho, amado e desejado como os outros.
Um enorme tumor tomara conta de seu útero. Havia necessidade de extirpá-lo. A cirurgia proposta para o caso era a histerectomia (remoção do útero). O objetivo da cirurgia não era matar a criança, mas sim retirar o órgão canceroso onde, por acaso, estava a criança. Aliás, esta cirurgia deveria ser feita mesmo se Gianna não estivesse grávida. A morte da criança não era querida como fim nem como meio para salvar a mãe. Era apenas um segundo efeito da cirurgia. Fazer a operação, neste caso, não seria um pecado. Mas Gianna, livre e heroicamente recusou-se. Dizia ela: "a mãe dá a vida pelo filho".
Depois de enormes sofrimentos, no dia 21 de abril de 1962, o cirurgião fez uma cesariana e retirou do ventre de Gianna uma criança de quatro quilos e meio. Era uma menina! Seu pai lhe daria no batismo o nome de Gianna Emanuela. "Gianna" em homenagem à mãe. "Emanuela", que quer dizer "Deus conosco", para louvar a presença de Deus entre os homens.
Gianna tanto pedira, tanto desejara aquela criança para o enriquecimento do seu lar, de sua família... Agora não a pode possuir. Tem que deixá-la... como a árvore que produz o fruto mas não tem o direito de comê-lo, assim esta mãe sabe que não poderá gozar da presença de Emanuela.
Ela revela para sua irmã missionária, que acabara de chegar da longínqua Índia, Irmã Madre Virgínia:
"Finalmente estás aqui! Se soubesses, Ginia, quanto se sofre por ter de morrer quando se deixam os meninos todos pequeninos..."
No dia 25 de abril, Gianna faz a seguinte confidência a seu esposo:
"Pietro, agora estou curada. Pietro, estava já no além e se soubesse o que eu vi... Um dia dir-te-ei. Mas como éramos demasiado felizes, estávamos muito bem, com nossos meninos maravilhosos, cheios de saúde e de graça, com todas as bênçãos do céu, mandaram-me cá abaixo para sofrer ainda, porque não é justo apresentar-nos ao Senhor sem sofrimentos".
"Desde aquele momento - diz Pietro - estou certo, Gianna nunca cessou, nos seus sofrimentos, nas suas agonias, o seu colóquio com o Senhor e a sua comunicação com o Céu. Já não desejava que a acariciasse e a beijasse. Já pertencia ao Céu".
Morreu no dia 28 de abril de 1962, uma semana depois de dar à luz sua última filha.
Em 1972 foi iniciada a causa de beatificação de Gianna Beretta Molla. Em 1980, no dia do aniversário de sua morte, o Arcebispo de Milão decretou a introdução de sua causa.
Em 1992, o Papa João Paulo II reconheceu um milagre acontecido com Lúcia Silva Cirilo em Grajaú - Maranhão - por intercessão de Gianna.
No dia 24 de abril de 1994 o Santo Padre declarou Gianna bem-aventurada.
No dia 4 de outubro de 1997, no 2º Encontro Mundial do Papa com as famílias, Gianna Emanuela, que hoje é médica como a mãe, estava no Rio de Janeiro, no estádio do Maracanã, na presença do Santo Padre e de 200.000 pessoas. Elevou uma oração a sua mãe, a Bem-aventurada Gianna Beretta Molla, agradecendo-lhe por lhe ter dado a vida duas vezes: pela geração e pelo martírio. O momento foi emocionante.
Santa Gianna Molla foi canonizada no dia 16 de Maio de 2004.
PERGUNTAS:
  1. A vida da Bem-aventurada Gianna Beretta Molla é um testemunho vibrante em favor da vida. Soube transmitir a vida, soube amar a vida, soube defender a vida, soube oferecer a vida, soube renunciar à própria vida. Disse Jesus: "Se o grão de trigo que cai na terra não morrer, permanecerá só. Mas se morrer, produzirá muito fruto" (Jo 12,24). Não há caminho que conduza à vida e que não passe pela morte. Você já decidiu morrer para si mesmo e viver para Deus e o próximo?
  2. Gianna considerava o sofrimento uma condição necessária para nos apresentarmos diante do Senhor. Se o próprio Cristo sofreu, nós, que somos seus discípulos, não podemos recusar a cruz. Temos aceitado com alegria as ocasiões de sofrer todos os dias por Jesus?
  3. Que você teria a dizer às pessoas favoráveis ao aborto, à esterilização, e que acham uma loucura constituir uma família numerosa?
  4. ORAÇÃO A SANTA GIANNA BERETTA MOLLA (1)

    Maria me coloco totalmente em tuas maternais mãos e me entrego toda a Vós.
    Confio que conseguirei o que te peço.
    Confio em Ti porque Vós sois minha querida Mãe.
    Me confio a Vós porque tu és a Mãe de Jesus.
    E nessa confiança me entrego a Vós e estou segura que em tudo vou ser escutada.
    Com essa mesma confiança de coração te chamo de minha Mãe e minha Esperança.
    Me consagro totalmente a Vós e peço que tenhas em conta que sou toda tua e te pertenço.
    Que me conserves e cuides de mim. Minha querida e bondosa Mãe, em cada momento de minha vida apresente-me diante de seu Filho Jesus.

    Que Assim Seja.

    Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

    “Senhor, que seja Tua Vontade. Amamos a Cruz e temos que refletir que não a carregamos sozinhos (as), se não que é Jesus que nos ajuda a carregá-la e que Nele somos capazes de fazê-lo, já que Ele nos dá a força necessária para isso”.
    Gianna Beretta Molla.
  5.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário